Na Tribuna, a médica Larissa Mazepa explana sobre a importância da doação de sangue
A Tribuna Popular da Sessão Ordinária do dia 21 de novembro foi utilizada pela médica responsável pela Unidade de Coleta de Transfusão de Sangue Irati, Dra. Larissa Mazepa, que discorreu sobre a importância da doação, visto que no próximo dia 25 é comemorado o Dia Nacional do Doador Voluntário de Sangue.
A médica agradeceu ao vereador Marcelo Rodrigues pela indicação 120/2017 apresentada no dia 8 de maio deste ano, o qual nos convidou a comparecer na Casa para trazer maiores explicações e orientações sobre a doação de sangue e a Unidade de Coleta de Transfusão de Irati. “Este convite abriu um grande leque na sociedade”, afirmou a médica contando que a rede do Hemepar compreende hemocentros e unidades de coletas de transfusão de toda a região. “Em Irati temos a coleta de bolsas de sangue e de medula óssea e transfusões, fazemos a distribuição dos hemocomponentes para os hospitais e serviços da cidade, incluindo as clínicas particulares. Somente neste ano, nos últimos três meses, em agosto tivemos 323 candidatos a doação, destes infelizmente somente 30 eram da população de Irati. Em setembro, tivemos 253 - 26% de Irati; em outubro 191 doadores - 24% de Irati. Tivemos uma média de 777 candidatos a doção com 735 bolsas favoráveis e 42 exclusões. Temos também uma média de 190 a 200 transfusões por mês. Mas, infelizmente Irati é o município que menos doa sangue para a unidade. Precisamos nos unir para mobilizar a população iratiense, a qual sabemos que possui grande coração. É através da doação e do amor que mais pessoas ganharão um sopro de vida”, destacou.
Larissa citou as condições básicas para que o cidadão possa se tornar um doador. “Ter entre 18 e 69 anos, considerando que os menores de 16 anos acompanhados dos pais também podem doar; os doadores devem estar munidos de documentos com fotos; pesar acima de 50 quilos; não estar em jejum e sim bem alimentados, porém, no dia anterior da doação devem evitar alimentos gordurosos; dormir pelos menos seis horas diárias; não ingerir bebidas alcoólicas e os fumantes devem evitar fumar duas horas antes”, frisou Mazepa destacando também quem não pode doar sangue. “Ficam impedidos de doar quem já teve Hepatite B e C, Malária, Doença de Chagas, mulheres grávidas e em amamentação e comportamento sexual com múltiplos parceiros nos últimos 12 meses”, explicou.
Conforme a médica após a doação, o sangue é enviado ao Hemocentro de Curitiba, onde é separado em diversos componentes, que são distribuídos pelos hospitais, atendendo pacientes internados, casos de emergência e doenças hematológicas, que tem grande percentual em Irati e região. “Quando o sangue está contaminado, detectado pelo Hemepar, o resultado é novamente encaminhado para que seja realizada coleta de segunda amostra. Realizada uma nova contagem, se apurado alguma doença, o doador é encaminhado para o setor de epidemiologia, onde receberá tratamento”, ressaltou Larissa afirmando que é de fundamental valor, que durante a entrevista do paciente, ele seja sincero nas respostas, pois o sangue será transfundido para outras pessoas.
Para fazer a doação, de acordo com Mazepa é muito simples. “O paciente chega na Unidade, logo é realizado um cadastro, depois realiza-se uma triagem clínica e triagem hematológica para ver se o sangue não está com deficiência ou anemia, ou com ferro em excesso. Depois passa-se a doação que dura em média de 5 a 12 minutos. Pouco tempo para um bem maior que salva vidas. Em Irati, em torno de 190 a 200 bolsas são transfundidas por mês e as excedentes seguem para as unidades que precisam de mais sangue”.
Dra. Larissa agradeceu a Câmara de Irati, que desde o início do ano vem fazendo doações. “Nós aumentamos significantemente o estoque este ano, conseguindo suprir a necessidade da unidade de Irati e da 4ª Regional de Saúde. Até o ano passado não conseguíamos, recorríamos sempre a outras cidades. Estamos conseguindo suprir também a rede Hemepar. Hoje temos 90% de cobertura total do Hemepar SUS. Agradeço primeiramente ao Diretor do Hemepar, Dr. Paulo Hatschbach, a chefe da 4ª Regional de Saúde de Irati, Jussara Kublinski, a chefe da Unidade de Coleta de Transfusão de Irati, Emilinha Zarpellon que está no comando há seis anos, aos componentes do banco de sangue, as técnicas de enfermagem, os bioquímicos e a todos os demais funcionários, que se dedicam inclusive fazendo coletas nos sábados”, agradeceu a médica contando que hoje a Unidade de Irati possui 20 empresas colaboradoras. “No próximo ano, faremos um grande evento e vamos certificar todas estas empresas”.
Referente ao dia 25, Dia Nacional do Doador Voluntário de Sangue, Mazepa afirmou que a Unidade de Irati estará aberta das 8 às 17 horas realizando coletas. Os vereadores cumprimentaram a médica pelos importantes esclarecimentos. Roni Surek elogiou o trabalho da equipe “um trabalho sagrado”. José Bodnar citou o período em que precisou de transfusão de sangue, fazendo um alerta a todas as pessoas. “Sei como é estar agoniado à espera de sangue, que significa vida”.
Valdenei Cabral da Silva comentou sobre a Lei nº 3906/2014 de sua autoria, que dispõe sobre a isenção aos doadores de sangue do pagamento de taxa de inscrição em Concurso Público Municipal. O Presidente Helio de Mello agradeceu a médica pela explanação tão importante para conscientizar a população. “Grande parte das pessoas só lembra da bolsa de sangue quanto tem parente na cama ou em um hospital, sangue é vida. Esta casa é parceira e mais uma vez se coloca à disposição para que aumentemos ainda mais o número de doadores através das escolas, imprensa, igrejas e do convívio diário. Através de pequenos gestos podemos salvar muitas vidas”.
Antes de concluir, Larissa agradeceu o espaço cedido mais uma vez pela Câmara. “Que através desta casa possamos chegar no coração dos doadores”, concluiu afirmando que o banco de sangue está aberto das 13 às 17 horas, todos os dias, realizando captação até as 15h30. “Vamos continuar fazendo o bem sem olhar a quem”.
(Assessoria Câmara Municipal de Irati)