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Vereadores questionam e cobram do Secretário de Viação e Serviços Rurais mais ações relacionadas às péssimas condições das estradas do interior

por irt — publicado 29/06/2016 16h39, última modificação 05/10/2018 15h46

     Na Sessão Ordinária do dia 27, a Tribuna Popular foi utilizada pelo Secretário Municipal de Viação e Serviços Rurais, Isaias Pinheiro da Silva, que foi convocado pelo Vereador Hélio de Mello para prestar esclarecimentos sobre a obra inacabada da estrada que liga Irati a Gonçalves Junior e demais problemas do interior. Os vereadores desabafaram e fizeram inúmeros questionamentos em nome das comunidades rurais.

      Sobre a estrada de Irati a Gonçalves Junior, Isaias afirmou que a obra não está atrasada, “quando se inicia uma obra, existe um contrato e se a obra está dentro do prazo não há atraso”. Isaias disse que o trabalho na referida estrada foi iniciado no final de fevereiro, e por questões de melhor aproveitamento e chuvas constantes, a obra foi interrompida, “mas a partir dessa semana, o recape asfáltico será retomado”. O vereador Hélio de Mello agradeceu, mas indagou sobre os problemas no asfalto que já sugiram no primeiro trecho realizado. Isaias afirmou que a obra será refeita neste trecho, “vamos retirar e fazer novamente”. Mello perguntou também sobre a previsão de conclusão da obra. O Secretário disse que a previsão de término, de acordo com o engenheiro responsável da Prefeitura, é de 25 dias, “já fizemos, inclusive, requerimento solicitando maquinários para os próximos dias”.

       Representando o interior do município, Valdenei Cabral da Silva questionou sobre as melhorias feitas nas comunidades de Rio Preto, Rio Corrente até Itapará. Isaias afirmou que quando assumiu a pasta, as estradas estavam bastante deterioradas, “até porque o nosso solo não é resistente e o nosso cascalho não é de melhor qualidade. No ano passado, mês de novembro, choveu 27 dias consecutivos, acabou com todas as estradas e logo veio o recesso em dezembro, ou seja, as máquinas trabalharam apenas em lugares emergenciais. Eu assumi no dia 2 de fevereiro, e desde então já fizemos 106 frentes de trabalho, priorizando as emergências. O problema é que temos apenas uma patrola e 6.200 Km de estradas”, respondeu o Secretário afirmando que a Prefeitura investiu muito em saúde e educação, “mas infelizmente as estradas rurais não estão tão boas como poderiam estar, mas estão circuláveis, dá para passar”.

     Emiliano Gomes citou: “No tempo do meu bisavô Edgard Andrade Gomes, com o maquinário e tecnologia existentes na época, era possível abrir estradas, hoje, com todos os recursos disponíveis, infelizmente, não estamos conseguindo nem manter as estradas”. Gomes questionou o investimento realizado pelo executivo na terceirização de maquinários para execução de melhorias na área rural. “Foram gastos milhões em máquinas terceirizadas. Um dinheiro exorbitante aplicado para o desenvolvimento deste trabalho e, mesmo assim, há reclamações e cobranças diárias. Acredito que com R$ 7,7 milhões poderiam ter sido compradas 20 máquinas novas, ao invés de terceirizar os serviços”. Conforme Isaias, não há nenhuma máquina terceirizada na Secretaria de Viação e Serviços Rurais e, segundo ele, a atual administração adquiriu três novos caminhões, uma retroescavadeira, um rolo compactador, uma pá carregadeira e um britador. “Cada máquina adquirida é um operador a mais, se você compra 20 máquinas, são 20 operadores a mais, ou seja, vai onerar a folha da mesma forma”.

       Rafael Felipe Lucas quis saber qual a prioridade dos serviços na área rural. De acordo com Isaias, a prioridade é o caminho escolar, porque 90% das localidades são ligadas ao caminho escolar. “Não se consegue fazer tudo, mas estamos trabalhando”. Lucas citou ainda a dificuldade dos agricultores para escoar a safra. “Nós não vimos ainda depois de três anos e seis meses, um plano específico do município para fazer um trabalho diretamente ligado ao produtor rural. Está cada vez mais difícil produzir e se manter no interior pela falta de estradas. Quem trabalha com política tem que saber programar uma cidade para três ou quatro anos e a secretaria não conseguiu, em nenhum momento, até agora fazer um planejamento a longo prazo e o agricultor está sendo penalizado por isso. Isaias disse que não entende dessa forma, segundo ele, se for possível atender 90% do caminho escolar, o agricultor também está sendo atendido. Nós temos problemas de estrutura hoje, por exemplo, estou apenas com uma máquina operando. Nós não temos em Irati o Projeto Porteira Adentro, que permite a realização de serviços de estradas de roças para agricultores, outros administradores faziam, eu entendo que a coletividade é mais importante, meu trabalho é 100% voltado para o caminho escolar”.

      Antonio Celso de Souza citou problemas de atoleiros na linha escolar de algumas comunidades, em especial na região do Caratuva, onde os alunos estão ferquentemente sem aula, devido à precariedade da estrada. Souza citou também um caso específico da necessidade de estrada para atender uma família na região de Lageadinho, onde o próprio secretário solicitou um laudo social para realizar tal serviço. Isaias respondeu que “se é coletivo a estrada será feita, agora se é para atender demanda particular, já não é de competência da secretaria e sim de melhorias do próprio morador”. Antonio Celso questionou: “qual a culpa dos vereadores em relação às condições das estradas rurais, visto que fazemos inúmeros requerimentos semanalmente e eles não são atendidos?” Isaias afirmou que não compete a ele julgar.

      Alceu Hreciuk defendeu a importância da criação de um programa municipal para execução de serviços nas estradas que vão até as propriedades. “Não vejo estas estradas como porteira adentro, as quais também precisam ser atendidas”.

      O Presidente Vilson Menon citou a falta de planejamento da gestão. “Se não me falha a memória, Isaias, você é o quarto Secretário a assumir a pasta, depois do Bianco, Peterson e o Luciano. Em três anos e seis meses todos vieram com a mesma reclamação: ‘quando eu assumi, as estradas estavam deterioradas, o material é de baixa qualidade, há poucas máquinas, problemas com prazos de contratos, tudo em uma mesma gestão’. Está havendo erro de planejamento, ou está sendo mais fácil para o Executivo mudar o secretário para gerenciar a mesma desculpa sempre?”, destacou Menon indignado perguntando onde está o erro?  “A saúde e a educação estão 100%, segundo a prefeitura, mas e as estradas rurais e os nossos produtores como ficam?” Conforme Isaias, o planejamento que existe é o planejamento que ele está fazendo, e se não houve execução até agora, é por falta de material.

      Além destas indagações, diversas outras reclamações e questionamentos foram feitas ao Secretário pelos Vereadores em nome das famílias das comunidades rurais. Acompanhe a discussão na íntegra no site: www.irati.pr.leg.br no ícone “Sessões Gravadas”.  

 

(Assessoria Câmara Municipal de Irati)

 

  

 

  

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